DROGA?

Droga é qualquer substância que age nos mecanismos do cérebro, provocando efeitos estimulantes, euforizantes e/ou tranquilizantes. Podem ser lícitas ou ilícitas. Podem ser inaladas, aspiradas, comidas, bebidas, fumadas ou injetadas.

QUAIS SÃO ELAS?

TRANQUILIZANTES OU DEPRESSORAS: bebidas alcoólicas, calmantes, ansiolíticos (analgésicos e xaropes), inalantes (solventes: cola, éter, clorofórmio etc.).

EUFORIZANTES OU PERTUBADORAS: maconha, ácido lisérgico (LSD), cogumelos, datura (flor de trombeta), ayahuasca (chá de Santo Daime).

ESTIMULANTES: nicotina, cafeína, cocaína, anfetaminas (moderador de apetite), anorexígenos (remédios para emagrecer).

COMO ALTERAM O FUNCIONAMENTO DO CÉREBRO?

TRANQUILIZANTES OU DEPRESSORAS: o usuário fica relaxado, calmo, até sentir-se sonolento e mole. Estas substâncias diminuem, retardam ou reduzem ( “deprimem” ) o funcionamento mental. O indivíduo torna-se sedado, sendo chamado de “grogue”, “dopado” ou “chapado”.

EUFORIZANTES OU PERTURBADORAS: o usuário tem sua percepção alterada, percebe tudo colorido e acha tudo bizarro. Seus pensamentos e recordações, transformam-se em sonhos esquisitos, alucinações, ideias sem nexo, perseguições. Estas substâncias causam efeitos perturbadores nas mentes dos indivíduos, distorcendo seu funcionamento. Sob seus efeitos, o usuário está “viajando” ou “doidão”.

ESTIMULANTES: o usuário fica alerta, atento, às vezes agitado. Causam animação, boa disposição, capacidade de poder tudo! Estas substâncias estimulam ou aceleram o funcionamento do cérebro. O indivíduo torna-se “ligado” ou está “ligadão”.

AS DROGAS GERAM DEPENDÊNCIA?

Sim. Aqui estão alguns números:

8% – ÁLCOOL – quer dizer: de 100 pessoas, 8 ficam dependentes
23% – MACONHA – quer dizer: de 100 pessoas, 23 ficam dependentes.
30% – COCAÍNA – quer dizer: de 100 pessoas, 30 ficam dependentes.
74% – NICOTINA – quer dizer: de 100 pessoas, 74 ficam dependentes.
100% – HEROÍNA – quer dizer: de 100 pessoas,100 ficam dependentes.

OBS.: Não existem pesquisas sobre o “CRACK” , mas acredita-se que tem o mesmo comportamento da HEROÍNA, isto é, 100% de efeito para causar dependência nos indivíduos.

TIPOS DE USUÁRIOS DE DROGA

EXPERIMENTADOR: experimenta uma ou várias substâncias e não volta a usar.

OCASIONAL: utiliza uma ou várias substâncias em ocasiões diferentes (festas, ambientes propícios) mas não sofre as rupturas em suas relações afetivas, sociais ou profissionais.

HABITUAL OU FUNCIONAL: utiliza, frequentemente, uma ou várias substâncias, mas mantém ainda um certo controle, porém iniciando suas rupturas consigo mesmo e com o meio.

DEPENDENTE OU DISFUNCIONAL: sua vida passa a ser pela droga e para a droga, sem controle, com total ruptura de seus vínculos, marginalizado e isolado do meio social e familiar.

COMO IDENTIFICAR O USUÁRIO DE DROGAS?

– seu comportamento muda, geralmente impulsivo, impaciente, quer tudo para já

– tem baixa capacidade de enfrentar problemas, frustrações e desafios

– não admite que está abusando de determinada substância e diz que pode controlar-se, pois a droga não faz mal

– falta de compromisso com sua escola, trabalho, família, trato pessoal ou higiene

– muda a forma de vestir-se

– sono ou agitação excessivos, olhos vermelhos ou pupilas dilatadas, boca seca, sede demasiada, fome ou inapetência exageradas

– afastamentos dos amigos costumeiros, horas seguidas fora de casa, recebe telefonemas, mas de pessoas desconhecidas da família

– sumiço de roupas e de pequenos objetos, a princípio

– mentiras, desculpas para tudo

– objetos estranhos em seu quarto (papel de seda, cachimbo, resto de erva ou pó), voz baixa ao telefone, uso de colírio e/ou óculos escuros

– mudança de comportamento usual do indivíduo

DEPENDÊNCIA QUÍMICA

O uso de drogas não leva, necessariamente, a estados de dependência.

Conforme a OMS, são mais inclinados ao uso de drogas o indivíduo sem informações adequadas sobre tema e os efeitos causados pelo uso, muitas vezes com saúde deficiente (física ou mental), insatisfeito com sua qualidade de vida, de personalidade vulnerável, mal integrado na família, na escola, na sociedade e, principalmente, o fácil acesso às drogas encontrado no mundo de hoje.

O indivíduo passa do uso para o abuso de drogas dependendo tanto de suas dificuldades e características pessoais, como do contexto familiar e social que ele vivencia.

O importante é estar ciente que existem vários tipos de usuários e que todos devem ser ajudados e conscientizados do mal a que estão se expondo e expondo a sociedade como um todo.

Sabemos que o jovem procura a droga, muitas vezes, pelo prazer , curiosidade ou mesmo para se integrar no grupo de amigos.

Não podemos, porém, deixar de admitir que, na maioria das vezes, é para fugir de problemas dolorosos e angustiantes de sua vida, de seus medos de crescer e enfrentar o mundo, muitas vezes considerado hostil.

Muitos não sabem que sofrem de compulsão e se tornam dependentes daquele estado de fuga e sonhos em que vive.

Na falta desse estado e da droga propriamente, vivem exclusivamente pela sua obtenção, a qualquer custo.

Instala-se, então, a dependência.

COMO AJUDAR O DEPENDENTE?

1. Conhecendo a problemática da drogadicção.

2. Discutindo e aprendendo diferentes enfoques.

3. Partilhando os problemas decorrentes.

4. Buscando e ajudando a encontrar soluções, frequentando grupos, como o Amor-Exigente, por exemplo.

5. Aplicando e praticando os 12 Princípios do Amor-Exigente.

6. Mudando o comportamento usual e rotineiro.

7. Tomando atitudes adequadas ao problema surgido.

8. Não fazendo pelo outro o que ele deve fazer.

9. Não encobrindo o que o outro faz de errado.

10. Permitindo que o outro sofra as consequências de seus atos.

ENFIM:

AMANDO O OUTRO, MAS NÃO ACEITANDO
O QUE ELE FAZ DE PREJUDICIAL !

COMO?

– não discutindo, apenas AGINDO

– não aceitando promessas

– mantendo-se firme no cumprimento de um compromisso acertado

– não perdendo a calma, resolvendo as questões surgidas após pensar ou resolver com o grupo

– não cumprindo as obrigações do outro

– não encobrindo situações que o outro criou

– não tentando poupar as consequências de um erro que o outro praticou

– traçando limites adequados e suportáveis

– aprendendo a dizer o NÃO que o outro precisa e muitas vezes pede para ouvir e,

– aos poucos, mudando o nosso comportamento: tomando as atitudes adequadas e coerentes ao problema em questão, adquirindo espiritualidade (boa relação consigo mesmo e com o outro), valorizando os bons sentimentos, alegrando-nos com nossas pequenas conquistas, perseverando no Amor-Exigente.

Fazendo tudo com amor, firmeza, segurança, tolerância, disciplina, serenidade, fé e esperança, venceremos as dificuldades
e tornaremos nossas famílias mais felizes.